Estamos entrando em um mês de maior conscientização sobre a vida e prevenção ao suicídio, mês do “Setembro Amarelo”. Com isso, é importante pensar e analisar o assunto como uma maneira de “grito de socorro”, como uma manobra desesperada de chamar a atenção ao desespero e então lidar com esta questão de outra forma.

Segundo a Organização Mundial de Saúde e estudos atuais deste mesmo ano de 2020 em que estamos vivendo, o suicídio é uma das três maiores causas de morte entre jovens entre faixa etária de 15 a 29 anos de idade no mundo, obtendo a morte intencional como uma “saída para dores emocionais”. Trata-se de um fenômeno social como um pedido de socorro, com relação a relações frágeis sociais que impactam no dia a dia a subjetividade do ser humano.

Seguindo com dados ainda da OMS, os fatores de risco ao suicídio atualmente são: transtornos mentais (tais como depressão, transtorno de personalidade, dependência de álcool e esquizofrenia), crises financeiras além de desordens orgânicas que podem influenciar a aumentar este fenômeno. Como fator de estatística do relatório da OMS, o Brasil está na oitava posição em números totais de suicídios.

Segundo Viktor Frankl(1992), fundador da Terceira Escola Vienense de Psicologia, a Logoterapia, “o sentido não pode ser dado, mas sim encontrado”. Sendo assim, a própria pessoa deve buscar resgatar um sentido de vida no seu interior, porém muitas vezes com ajuda profissional, com significados peculiares que necessitam serem desvendados e assim obtendo um sentido proveitoso de vida. Este sentido é mutável e diferente de indivíduo a indivíduo, para viver mais plenamente e satisfatoriamente, transcendendo sua própria existência.

Portanto, deve-se observar que o vazio existencial pode ser um modo de impulsionamento para o questionamento sobre o sentido de vida. Os sentimentos de angústia, tédio e tristeza profunda são pensamentos profundos a considerar com isso, porém pode-se analisar positivamente quando o desejo de busca consciente e reflexiva agrega e elabora sentido à vida e ao seu dia a dia. Com base na subjetividade de valores pessoais, Peter (1999) ressalta que o ser humano necessita dar sentido às suas opções da vida, dar sentido às suas experiências e também aos seus limites, e assim ter obter uma ânsia ao seu significado de vida.

Existem diversas maneiras de se pensar no fenômeno Suicídio, porém a maneira mais intimamente ligada a realidade de impulsão está ligada a um determinado contexto que para o indivíduo já não tem mais sentido, de obter um pensamento obsoleto e deliberado em dar um basta com determinado contexto.

Com isso, a busca da pessoa para realizar a Psicoterapia e muitas vezes em conjunto tratamento Psiquiátrico (atuando em conjunto) tem em comum uma ferramenta de prevenção ao suicídio como prevenção de saúde pública também (que já existe desde os primórdios da humanidade), onde há uma fragilidade psicológica exposta em severas condições para a sobrevivência. Com isso, Frankl (1990), já se referia à psicoterapia: “quem tem um para que viver, quase sempre encontra um como viver”.Por fim, cabe o pensamento de obter um olhar mais atento à sociedade exigente e pouco afetiva nos dias atuais, onde a busca pelo desejo de colocar fim a própria vida se confunde com eliminar com algo que é intolerável.

Texto desenvolvido por nossa psicóloga especialista clínica sistêmica Dra. Manoela Maria H. S. Dallago – CRP 12/09645

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